Garden Route – África do Sul

Continuando as Dicas sobre a minha viagem pela África, depois de dias incríveis no Kruger Park, pegamos um avião do aeroporto Mpumalanga até o aeroporto de Port Elizabeth, para começarmos a Garden Route, nossa Road Trip até a Cidade do Cabo.

Se a Panorama Route é sobre montanhas e cachoeiras, a Garden Route é beirando a costa africana, com praias lindíssimas no seu percurso. O seu trecho oficial é de Storms River até Mossel Bay, mas tanto antes, quanto depois, tem diversas outras cidadezinhas lindas que merecem ser incluídas no roteiro. Posso dizer que senti uma certa diferença entre as cidades do sul e do norte da África do Sul. O sul nos pareceu mais organizado e deu mais sensação de segurança também, de uma maneira geral.

Garden Route

Como sempre, alugo meu carro pelo RentCars e recomendo muito! Nunca tive problemas. Sempre possuem um preço excelente, e ótimo serviço. Tem ótimo preço, você paga em real (sem IOF), parcela, e não tem “surpresinhas desagradáveis” na retirada do carro.

Assim como no percurso pela Panorama Route (para ler sobre ele, clique AQUI!), para traçar nosso trajeto pela Garden Route também pesquisei bastante sobre a questão de tempo de estrada x km x local para pernoitar. Acertei nas cidades, mas não nos hotéis! rs Foi difícil ganhar todas nessa viagem! Nosso destino final foi a Cidade do Cabo, onde ficamos 6 noites para aproveitar melhor.

Como chegamos em Port Elizabeth de noite, preferimos dormir uma noite por lá, e pegar o carro e a estrada só no dia seguinte.

Optei por fazer 2 pernoites até chegar na Cidade do Cabo (além dessa de Port Elizabeth), num total de 850km, para podermos explorar bem as paisagens e cidadezinhas ao longo da estrada, sem pressa.

Divididos assim:
Port Elizabeth – Knysna: 260km
Knysna – Hermanus: 411km
Hermanus – Cidade do Cabo: 184km

Garden Route: Port Elizabeth – Knysna

Uber na África do Sul

Chegamos às 20h em Port Elizabeth e fomos direto para o hotel, pois estávamos bem cansados. Tivemos uma experiência bem ruim com o táxi na chegada, no aeroporto.

Usamos Uber por diversas vezes ao longo da viagem pela África do Sul e sempre funcionou muito bem, mesmo em Joanesburgo (onde foi nosso único meio de locomoção). Porém, como já era tarde da noite, resolvemos pegar um táxi bem na frente da saída mesmo do aeroporto, pois vimos no aplicativo do Uber que o carro demoraria cerca de 15 minutos para chegar e que custaria em torno de 40 rands.

Nos dirigimos ao primeiro táxi da fila, e o motorista nos ajudou com a bagagem. Eis que resolvo perguntar o valor da corrida para o nosso hotel… O motorista, com a cara mais lavada do mundo, diz que seria 150 rands!!! Tem noção? Na mesma hora desistimos e tiramos nossa bagagem do porta-malas do carro. Ele até resolveu fazer por 100 rands, mas ainda assim né… Não só pelo dinheiro, mas, principalmente, pela postura! Chamamos o Uber e deu tudo certo!

Port Elizabeth

Port Elizabeth é uma gracinha de cidade! Nos hospedamos na Conifer Beach House e achamos um ótimo custo x benefício. O hotel é bem novinho e no dia seguinte fomos caminhando para conhecer a orla. Tinham vários expositores ao longo do calçadão (tipo camelô, mas quis falar chique! haha), vendendo produtos artesanais. Alguns bem interessantes! O problema é que se você olhasse ou pegasse em algum deles… os vendedores não te deixavam ir embora de jeito nenhum tentando negociar! Nem compramos nada para evitar a fadiga… rs

Passeamos um pouco por ali, e voltamos de Uber para o aeroporto para pegar o carro que alugamos. Tudo muito pertinho e tranquilo.

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Addo Elephant National Park

É… os animais do Kruger Park não foram suficientes para mim! hahaha Mas deixa eu explicar… Me falaram MUITO bem do Addo Elephant National Park tanto antes da viagem, por amigos que já tinham ido, como durante, por pessoas que cruzamos no caminho. Fora isso, ainda não tínhamos visto o leão! Como que eu poderia ir embora da África sem ver todos os Big 5?? Precisava tentar uma última vez!

O Addo Elephant National Park é simplesmente ENORME e todo cercado. Mas assim… é grande num nível de você rodar o dia todo e não ver o fim! Apesar de ter “elefante” no nome, tem todos os outros animais lá dentro também! As ruas são afastadas e você não vai precisa de um carro 4×4 para andar lá dentro.

Para chegar lá, tivemos que fugir um pouco do caminho da Garden Route, e voltar na direção oposta (cerca de 60km). E posso garantir que valeu MUITO a pena! Logo na entrada, eles te dão o mapa do parque e sinalizam onde há mais chance de ver quais animais. Como não tínhamos muitas horas disponíveis, traçamos o nosso roteiro na direção que a funcionária nos orientou.

Vale a pena ir no Addo Elephant National Park?

É muito fácil você ver os animais no Addo Elephant National Park, já que a vegetação é mais baixa e possui alguns morros. Vimos muito elefante, zebra, girafa e um leão gigante e muito perto do carro!!! Quase caí dura! O bicho estava tirando uma bela soneca bem na beira da estrada! Já tinha uma van parada observando ele, e o motorista nos sinalizou. Desligamos o carro e ficamos lá tirando um zilhão de fotos! Uma hora ele ainda acordou, levantou a cabeça, olhou os dois carros, virou para o outro lado e dormiu de novo! Que vontade de apertar aquela pança! Coisa mais linda! Me revelei extremamente “Felícia” nessa viagem e, surpreendentemente, tive zero medo (o que pra mim é muiiiiiito atípico!rs)!

Jeffreys Bay

Depois de me despedir dos bichinhos, seguimos para Jeffreys Bay. Mais uma surpresa super agradável! Esta praia é bem famosa pelos campeonatos de surf e tal. Quando fomos não estava tendo nenhum, e, como fazia um friozinho (fomos em maio), estava tudo bem vazio.

Ainda assim, adoramos fazer uma pausa lá para conhecer o lugar. Tudo muito gracinha. E não posso deixar de mencionar o café que tomamos, bem em frente à praia, num lugar chamado Peacock Tea and Coffee. Gente, podem acreditar…. foi o melhor café mocha que já tomei na minha vida! E olha que amo este café e tomo em tudo quanto é lugar!

Bloukrans River Bridge

De Jeffreys Bay seguimos cerca de 100km, passando por Storms River, até o parque Tsitsikamma, onde fica Bloukrans River Bridge, e se encontra o maior bungee jump de ponte do mundo: o Face Adrenalin Bungy. Não que em algum momento eu tivesse cogitado me jogar daquela ponte… mas é sempre divertido observar os corajosos!

O local tem uma mini infra-estrutura, com lanchonete, banheiros, e oferece outras atividades, além do bungee jump. Ficamos observando os loucos se jogando da ponte, e seguimos viagem para Knysna, onde foi a nossa primeira pernoite, já que estava escurecendo.

A ideia inicial ainda era parar em Plettenberg Bay, mas, de noite, já não fazia muito sentido. Preferimos passar direto rumo ao nosso hotel.

Knysna

Chegamos em Knysna na parte da noite e fomos direto jantar no Waterfront Knysna Quays. Shoppingzinho muito agradável, e com várias opções de restaurantes.

Optamos pelo Ocean Basket, e nos esbaldamos nos frutos do mar! Inclusive com ostras, que é o ponto forte da cidade! Comida boa e preço justo.

Esta parte de Knysna é uma gracinha! E justamente neste ponto acho que não fiz uma boa escolha de hotel. Ficamos no The Russel Hotel , que fica mais na parte de cima, pra dentro de Knysna, onde não tinha esse ambiente gostoso.

No dia seguinte, voltamos para a parte mais próxima da água e caminhamos mais um pouco por ali.

Garden Route: Knysna – Hermanus

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Mossel Bay

Uma cidadezinha linda praiana! Paramos para tomar um café no Fork and Train Restaurant, bem de frente para a praia. Muito bom para apreciar ainda mais a vista. Este restaurante fica junto de uma acomodação, que é em formato de vagões de trem.

De lá, fomos até o Cape St Blaize Lighthouse Complex, onde você faz uma rápida caminhada até o farol, e vê tudo lá de cima! Muito lindo! E muito vento! Vá preparado!

Optamos por almoçar ainda em Mossel Bay, num lugar chamado Kaai 4 Braai Restaurant, indicado por uma seguidora do Instagram. É um restaurante pé na areia, literalmente, especializado num prato típico africano, que é o churrasco deles. Confesso que não achei a refeição lá essas coisas não…. mas também admito que sou meio fresca pra comidas diferentes… hehe Valeu a experiência, pois o lugar é bem agradável e com um visual lindo, mas eu não repetiria a dose.

Garden Route: Hermanus – Cidade do Cabo

Hermanus

A ideia inicial era ainda parar no Agulhas National Park, antes de chegar em Hermanus. Mas, optamos por ir direto ao nosso destino e aproveitar melhor a nova cidade. Aliás, é outro lugar lindinho demais! Amamos! É um pouco mais movimentada, num climazinho meio praia ryca! rs Nos hospedamos no Windsor Hotel e achamos bem legal. Fica bem na orla e pertinho de tudo. Tinha uma parte em reforma e acho que já ficamos em um dos quartos mais novos. Acertamos muito na escolha das cidades para pernoitar na Garden Route! Amamos as duas!

Opções de bons restaurantes em Hermanus não faltam! Foi até difícil escolher um! Fomos caminhando do hotel para a região deles mesmo, passeamos um pouco pela orla e optamos por um no calçadão mesmo, o Pear Tree Bistro. Muitíssimo agradável! Fomos muito bem atendidos, tomamos ótimos vinhos e comida gostosa.

No dia seguinte, depois do café, passeamos mais um pouco pela orla, pois estava tendo uma exposição de estátuas de bronze, chamada de Sculpture on the Cliffs; ainda caminhamos mais um pouquinho pelo centrinho, de tão agradável que é, antes de seguir ao nosso destino final, que seria a Cidade do Cabo.

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Hermanuspietersfontein

Você deve estar achando que escrevi este título errado né…. Mas o pior é que não escrevi não! rs Este foi o nome do vinho sul-africano que provamos no Kruger e mais gostamos! Qual foi a nossa surpresa quando, ao pesquisar onde a vinícola ficava, e era justamente no nosso caminho entre Hermanus e a Cidade do Cabo! Parada obrigatória, né?!

Ao chegar no local, descobrimos que não era bem a vinícola, mas, sim, o local de degustação e vendas. Porém, valeu demais a parada para conhecermos!

O lugar é uma gracinha, ambiente muito familiar, não vi nenhum turista, e estava tendo tipo uma feirinha de produtos locais. Parece que todo sábado tem esse esquema, e, o melhor, a degustação de vinhos, aos sábado, é GRÁTIS! Pois é! Você simplesmente escolhia os vinhos do cardápio que queria provar, e pronto! Eles te serviam um por um, explicando sobre o escolhido e te dava a provinha. D-E-L-Í-C-I-A!

Como não sabemos brincar, compramos logo uma caixa para bebermos em Cape Town e trazermos algumas garrafas para o Brasil também. Aliás, isso merece ser dito: nós trouxemos um total de 12 vinhos para o Brasil e, se tem uma coisa que me arrependo nessa vida, é de não ter trazido mais! Me apaixonei completamente pelos vinhos sul-africanos e sua maioria esmagadora simplesmente não é vendida no Brasil. Ai que saudade…

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Cidade do Cabo

Enfim, depois de percorrermos a Garden Route, seguimos para a Cidade do Cabo, onde ficamos 6 dias. Porém, este será assunto para um próximo post! Espero que você esteja se apaixonando pela África do Sul, assim como eu me apaixonei, e eu esteja ajudando no planejamento da sua viagem para este destino incrível!